Daquilo que escrevo.

São várias as sensações que passam rápidas como o vento.

Auscultando seriamente cada pedaço em mim

não se enxerga mais tal amargura antiga sem fim,

ou aquele, digno de falsa lástima, sofrimento.

Concentro-me tanto em absorver tanto

que quando, sem exceções, leio um livro

percebem-me fechada em uma redoma de vidro

de tal maneira que o reproduziria em canto.

Mas o vento muda constante, disso bem sei eu

e se, no momento em que leio, ele se inverte

não consigo ser, de um escritor, mera tiéte

Tomo posse de caneta e escrevo, mesmo que no breu.

Eduarda Daibert
Enviado por Eduarda Daibert em 03/09/2010
Código do texto: T2476995
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