AUTO ESTIMA, AMOR PRÓPRIO
Ofereço ao etéreo esse sonho,
Adormecido ele pode esperar.
E se assim quiser o tempo,
Suavemente, se dissipará no ar.
À espera, sem tempo, sem pressa
Contradição de quem não pode ficar.
Assim não padeço saudades,
Nem me desespera a aflição.
Estou livre e liberada de pretensões.
Só os sonhos almejo,
Ou a realidade do cotidiano.
Sem desejo, nem medo...
Sem pertencer ou ser dona de nada!
Enquanto eu mesma me espero
Imagino-me com novos ares, independente,
Tramas de auto-estima,
Misturadas à liberdade!
É certo, logo chego a mim.
Não mais correr atrás com essa dor,
Deixo que minhas asas se agitem
E ao insólito ar me jogo
Assim me deixo planar, livre, livre
Tal e qual, a Irmã Águia
Pronta pra voar... Alto...
Vitoria Moura 22/5/2010