O ano: A Luz

Cintila a singela figura pela noite fulgurante

Sabe-se, porém, que a sua existência é infima

Mas, mesmo assim, vive intensamente cada segundo

Cada momento, cada respirar

E cá está ela, vivendo a vida, como se fosse única

Corre para lá, e corre para cá

Fugindo da escuridão

Brincando com a solidão

E vai, bela e atraente, chamando atenção

A luz, na sua velocidade, inconstante, na sua constância

Tal qual as parceiras em todo o mundo,

Em todo o universo

E a noite perscruta adentro

E, a cada passo dado, uma nova descoberta

Na retidão da beleza e no ópio da curiosidade

Quieta, ela ressente e brinca

Mas a luz vai mais além e não fica predisposta a apenas ficar observando

A luz, entra e sai, sai e entra e nos ilumina

E a luz penetra no labirinto de nossas almas

E, por um segundo, faz-se o brilho

e vemos aquilo que temor dentro

A luz reluz aquilo que, por temor, escondemos

Daniel Chrono
Enviado por Daniel Chrono em 11/08/2010
Código do texto: T2431330
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