RESPONDAM

Ó desigualdade extravagante

que não poupa um só instante

os pobres desnudos, da dor!

Mas que fedor esta favela putrificada

toda solta, enlameada

com seus barracos postos à prova.

Não se sinta de improviso

a miséria não põe aviso,

ela vem, é só um mal.

Assim pensam os abastados

Que montado em seus reinados...

Não sabem o que é padecer.

Vê se não enrola

Com tuas palavras políticas,

mais que falácias,

são gírias postas para “inglês ver”.

Como se pode enganar assim

por tanto tempo?

Ah! Já sei...

é a ingenuidade dos enganados

que seguem sina esmagados

como se fossem objetos escusos.

E as casas grandes de praia?

E os empregos polidos?

Com é que ficam os feridos

dessa corja que só pensa em enganar?

Quer sabor terá o pão tirado

da boca dos pequeninos

que chorando seguem pedindo

Justiça para os saciar?

Respondam, ó ricos ateus!

Frei Fernando Maria
Enviado por Frei Fernando Maria em 18/09/2006
Código do texto: T242879
Classificação de conteúdo: seguro