Poeta!
Guarda-te das palavras
Que têm cheiro, cor e sabor
Nesse terreno em que tu lavras
Um pouco tem de medo e dor
Cuida-te dessas belas imagens
Com que constróis as aparências
Para que tuas pobres mensagens
Ao menos resvalem as essências
Guarda-te também dessa poesia
Que fria fere sem dizer nada
Metáforas são enfeite de coisa vazia
Quando a poesia devia estar calada
Cuida-te dessas pobres emoções
Num vil lirismo assim derramadas
Porque a força das sensações
Não mora na coisa declamada
Antes do pensamento, repara bem
Tiveste que viver o que dizer
Poesia nascendo traz também
Sangue, dor e o prazer de ela nascer
Poeta!
Antes de dizer, ama primeiro
Amor é mais que a coisa cantada
É a essência do verdadeiro
Na aparência da coisa amada
Guarda-te das palavras
Que têm cheiro, cor e sabor
Nesse terreno em que tu lavras
Um pouco tem de medo e dor
Cuida-te dessas belas imagens
Com que constróis as aparências
Para que tuas pobres mensagens
Ao menos resvalem as essências
Guarda-te também dessa poesia
Que fria fere sem dizer nada
Metáforas são enfeite de coisa vazia
Quando a poesia devia estar calada
Cuida-te dessas pobres emoções
Num vil lirismo assim derramadas
Porque a força das sensações
Não mora na coisa declamada
Antes do pensamento, repara bem
Tiveste que viver o que dizer
Poesia nascendo traz também
Sangue, dor e o prazer de ela nascer
Poeta!
Antes de dizer, ama primeiro
Amor é mais que a coisa cantada
É a essência do verdadeiro
Na aparência da coisa amada