Versos naufragados
Versos naufragados
engarrafados em algum momento...
atirados ao mar...
flutuando ao sabor do vento.
Tanto mar...
tanta correnteza.
Na incerteza de que alguém
encontre a minha mensagem.
Todo mundo é uma ilha...
todo mundo está só...
atrás de portas frias
ou cercado de água ao redor.
Presos em nossos próprios devaneios,
a gente tenta se esquecer
de que essa prisão é feita de muros e grades
que somente nós mesmos podemos ver.
Prisioneiros de nós mesmos...
reféns do medo e da desilusão.
A nossa cela, não tem cadeado...
pra sair, basta apenas determinação.
Denis Correia Ferreira
08/08/2009-17:12
Depois da poesia:
Versos nascidos no devaneio...
repletos de palavras e trechos de coisas que escutei,
li ou que ecoam dentro de mim.
Nada mais são do que meros fragmentos
que lancei ao sabor do vento.
Denis, 08/08/2009-17:20
NDA.: Usei tantas palavras e frases feitas que escutei em alguma música, li em algum lugar ou ouvi alguém falar.
São as minhas referências... que uso sem cerimônia ou permissão.
Tem também idéias minhas que não mais me pertencem... agora estão à deriva, flutuando ao sabor do vento e perdidas em algum lugar.
Em especial, o trecho “...atrás de portas frias...”, que usei em um outro texto ainda não postado e que foi retirado da música “Estado violência”, dos Titãs.
Mas quem procurar, tem muito mais... Legião Urbana, Engenheiros Do Hawaii, e pasmem, até uma música do cantor Giliard (Porto solidão): “... rimas de ventos e velas... vida que vem e que vai...”.
Todas essas coisas eram pensamentos errantes e à deriva, que eu resgatei.