Tenho pressa, passa!
A vida vai e me custa
Um tanto em emoções
Para essas distrações
As coisas tem que ser
Apenas o que são...
As coisas tem que ser ditas
Poetas de rimas e palavras
Escolhidas ao acaso
Recolhidas no poço fundo
No mais profundo da razão
Eu tenho essas palavras chovidas
Dessa última tempestade em mim
Que estraçalhou-me o ser
Em mil pedaços vãos
Tão vãos de pura poesia
De ouvir o estrondo
Do cair da noite
Um olhar no espelho
E meus olhos vermelhos
De um último por do sol
O que os ventos trazem
Vem de muito longe
Brotam da terra
Descem do céu
Essas palavras
Têm que sangrar
Cortar, ranger
Rasgar os vãos
Do que não cala
Na noite que cai
E traz tão puro
O que é eterno
Mas não dura
Da mais simples
E vã poesia
Que será vã
Se eu me calar
Como eu nunca
Calaria...
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 29/05/2010
Reeditado em 07/08/2021
Código do texto: T2286697
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