Império Umbilical
Admira-me a capacidade humana de se enganar!
De não querer enxergar
O que está à sua frente, gritando!
Em painéis de neon brilhando!
Há situações em que custo a acreditar
Que a pessoa possa pensar,
Que alguém está acreditando no seu teatro
Tão precário, quanto desastrado.
Suponho que deva ser exaustivo,
Esse trabalho intensivo,
De representar em tempo integral,
Em rede mundial...
Já entendi. Deve ser essa a razão da precariedade do resultado...
Francamente, algumas atuações são um insulto à inteligência,
Impossibilitam toda e qualquer convergência...
Como costumo ilustrar: uma bola chutada fora do estádio...
Tenho reparado também, que o nível de acesso à educação,
Ao contrário do que se possa imaginar,
Mas, foi o que pude repetidamente, comprovar,
Pode complicar e bastante, a equação.
É quando a pessoa usa a inteligência contra si mesma,
Autoconvencendo-se, com absurdos argumentos, da pantomima.
É quando o ego passa à frente e interdita!
Edifica em bases frágeis, suas certezas.
Existe também o tipo que frequenta reuniões místicas,
Não para se desenvolver,
Nem crescer,
Mas, para achar fundamentos que justifiquem suas estatísticas...
Sua ensandecida conduta,
Radicalmente oposta à altura.
Seu conjunto de códigos,
Visivelmente ilógico!
Seu discurso é uma reverência
À incoerência...
É transparente sua inconsistência.
Desperta piedade, sua insolvência.
É um ser só!
Atado a um nó.
Infantilmente escondido,
No império do próprio umbigo.