Minha poesia tem algo de vil
Reles palavras recolhidas ao acaso
Rebotalho de minha alma exaurida
Não têm nada de irisado os poemas
Esse dilema incolor é a razão da dor
Meus versos não se revestem de belas roupagens
Sua indumentária é nada mais que mortalha
Que veste o que a inspiração esqueceu
Guardem que nada encontrarão de solene
A magnificência dessas pífias palavras
É sair em borbotões do imensurável vazio
E inundar a absurdeza de todo o silêncio
Minha poesia tem algo de infame
Nela não busquem a glória da exaltação
Nem a tola presunção de um êxtase
Esse arrebatamento não me leva adiante
Só me mantém isolado nesse cativeiro
Minha poesia é uma clausura exuberante
Que para nascer me faz morrer primeiro
Reles palavras recolhidas ao acaso
Rebotalho de minha alma exaurida
Não têm nada de irisado os poemas
Esse dilema incolor é a razão da dor
Meus versos não se revestem de belas roupagens
Sua indumentária é nada mais que mortalha
Que veste o que a inspiração esqueceu
Guardem que nada encontrarão de solene
A magnificência dessas pífias palavras
É sair em borbotões do imensurável vazio
E inundar a absurdeza de todo o silêncio
Minha poesia tem algo de infame
Nela não busquem a glória da exaltação
Nem a tola presunção de um êxtase
Esse arrebatamento não me leva adiante
Só me mantém isolado nesse cativeiro
Minha poesia é uma clausura exuberante
Que para nascer me faz morrer primeiro