Surda Nossa Língua
Quem não muda, a vida enmuda
Diz o ditado que inventei
Eu sou um que preciso de ajuda
Mas de onde virá, nunca sei
Quando perdido me encontro
Recorro sempre à sintaxe
Corro de um a outro ponto
E faço o cálculo da paralaxe
Não julgai para nao serde julgado
Disse alguém em tempo vasto
Mas de sangue tenho o corpo molhado
Pendurando tua cabeça no mastro
Contradição é um bicho feroz
E sempre ataca a todos nós
Mudar, falar menos, ouvir mais
Tudo o que se quer fazer, mas dificilmente se faz