Arriscar
Algumas pessoas, simplesmente, não conseguem
Quebrar regras.
Algo em seus interiores as impedem.
Elas seguem, tanto as erradas, como as certas.
Não reavaliam.
Cegamente, as validam.
Mesmo aquelas mais antigas,
Que não cabem mais na atual cantiga,
Devido à sua obsolência,
Elas as seguem com subserviência...
Muito do que aí está, não pode continuar,
Porque embolorou,
Estragou...
Não dá mais para se aplicar.
Já foi testado
E reprovado.
Causou sérios prejuízos
Em múltiplos sentidos.
Sufocou,
Castrou!
Concordo que precisamos estabelecer parâmetros para viver,
Mas eles não podem nos tolher.
Têm que propiciar o desenvolver,
O cósmico florescer.
Têm que ser apenas a base sobre a qual,
Será erguida a edificação individual.
Incomoda-me tudo que é imposto militarmente
E mais ainda, quem segue mecanicamente,
Sem fazer uso do fundamental bom senso,
Sem o qual, fragiliza-se qualquer argumento.
A vida é a arte da mutação.
Todo o estabelecido merece revisão.
Até porque foi criado muito mais para manipular,
Do que para auxiliar.
Existe para manter o gado unido,
Ruminando sua existência desprovida de sentido.
As pessoas teleguiadas
Sentem-se apavoradas
Sem as rédeas,
Sobre suas idéias...
Acreditam precisarem mesmo de externa orientação.
Desconhecem totalmente as possibilidades vindas da imensidão.
Vivem uma vida pequena, rasa.
Inutilizaram suas asas.
Não voam,
Apenas ressoam,
Como abafados ecos.
Não se sentem elos.
São rasteiras
E, irremediavelmente passageiras.
Já, os insubordinados,
Os que vivem alucinados
Pela riqueza do movimento,
Trazem no peito uma espécie de alumbramento...
São desbravadores,
Autênticos conquistadores.
Estão à frente do momento,
Têm libertários sentimentos.
Não se escravizam:
Arriscam!