SÓ COMO ILHA
Só, como ilha... Assim mesmo
Permaneceu morada do que somos.
Há noites mascaradas, manhãs fantasiadas
e madrugadas disfarçadas
em que nem pensamos morrer.
Então sabemos tudo do que acontece
O mundo aparece justificando prontamente
e toma conta de nós uma grande quietude.
Repetem-se as palavras que traduzem o mesmo,
quando se pega um punhado de terra
e guardamo-la nas mãos, deixando-a
correr por entre os dedos, com naturalidade.
Vislumbra-se toda a verdade tolerada
a definição, anseios e os limites.
Podemos entender que somos livres, com a paz,
serenidade e o sorriso de quem sabe
e viajou ao redor do mundo sem fadiga, sem temor
Porque dilacerou a alma até ao oculto dela.
Libertemos sem correria a terra milagrosa
Cada um de nós é pura vida.
Será bastante e suficiente
Até quando...
Ma Vie Vitoria Moura 27/02/2010