CIDADE DOS MORTOS
De: Ysolda Cabral
Ruas silenciosas...
Transversais vazias.
Na Cidade dos Mortos,
Nem choro e nem alegria.
Novos moradores chegam,
Trazidos pelas mãos de pessoas incrédulas,
Estarrecidas...
Um canto de pássaro desconhecido,
É nitidamente escutado.
Olho para os lados e para cima,
Vejo o Céu e árvores seculares.
Paro e penso: onde está a poesia?
E a realidade se impõe.
Vou embora com a certeza
De que um dia vou voltar
E, desta feita pra ficar.
Só não sei quando será.