Vingança de Gaia

Somos os filhos ingratos

Que na fronte da mãe cospem

Seus grunhidos insanos!

Como negros anjos do além

Julgamos ser donos dos nossos destinos

E a voz que proclama altissonante o “Amém!!!”

Das sacras e vetustas liturgias canônicas!

Somos o câncer que na cútis de nossa mãe aflora

Crescendo como vírus no fulgor das horas.

Somos os filhos bastardos da sádica inglória,

Esquecemos o nome dela que tudo nos provém

E ainda queremos seu perdão, mesmo em hora imprópria.

Hoje é Gaia que chora sobre os túmulos de seus filhos

Amanhã seremos nós que pagaremos por tanto pecar.

O home esqueceu que do barro veio e para lá ira voltar!