01 de Janeiro de 2010
Uma manhã estranha,
Tacanha,
Com pássaros calados,
Acuados...
Todos os gatos
Arrepiados!
A serra encoberta,
Por uma nuvem indiscreta.
E chuva!
Muita chuva!
Só chuva!
Choveu a noite inteira.
Fez, novamente,
Cruelmente,
A cidade rolar suas ribanceiras...
Ficamos o dia todo, isolados,
Sem energia,
Desprovidos de alegria:
Estupefatos,
Devastadoramente alagados.
Estava de volta o infortúnio,
Em forma de dilúvio.
Os turistas, revoltados,
Querem ser reembolsados.
Afirmam que foram lesados,
Ao pagarem adiantado.
Os hoteleiros encurralados,
A tudo escutam calados.
Não há televisão
Nem pão...
Muito menos ilusão!
O sorriso desapareceu das ruas
Enlameadas e cruas!
Continua a chover
E a população, a se entristecer!