Atômico

Há um clarão no horizonte;

Ondas de destruição...

Devastação em um botão.

E ninguém sabe se foi cedo ou tarde...

A vida escapou por um buraco no céu.

E eu contemplava de camarote;

A guerra por espaço em um planeta tão grande.

Com distâncias tão pequenas.

Carros velozes como relâmpagos.

E a vontade de criar nos olhos dos homens;

A ganância em seus corações...

Uma mente em decomposição;

Em um corpo escrito jaz.

Um sepulcro caiado

Um disfarce aperfeiçoado nada mais existe.

Desatinos na decisão...

O planeta crucificado pela evolução.

Apático...

E eu, culpado por não agir.

Tenho sangue em minhas mãos...

A vida das próximas gerações...

Que nunca existirão

Edson Duarte
Enviado por Edson Duarte em 28/12/2009
Código do texto: T1999155
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