À Meia Luz
O fogo aos poucos vai consumindo,
A vela num candelabro envelhecido.
Diante da penumbra, pensamentos vão emergindo,
Percorrendo através das sombras, caminhos ainda desconhecidos.
O movimento do ar faz o fogo da vela dançar,
Lá fora, o som dos trovões se perde na escuridão.
À meia luz, enquanto a energia não acabar,
Enquanto a tempestade não virar chuva de verão.
Relâmpagos quase fazem a noite virar dia,
No escuro, num silêncio que não quer terminar.
Sinto falta das cores, da alegria,
Das estrelas e da lua a brilhar.
A chuva não apaga o fogo nem a inspiração,
Ainda temos algumas velas para queimar.
Infinitas noites de solidão,
E a eternidade para sonhar.