À Meia Luz

O fogo aos poucos vai consumindo,

A vela num candelabro envelhecido.

Diante da penumbra, pensamentos vão emergindo,

Percorrendo através das sombras, caminhos ainda desconhecidos.

O movimento do ar faz o fogo da vela dançar,

Lá fora, o som dos trovões se perde na escuridão.

À meia luz, enquanto a energia não acabar,

Enquanto a tempestade não virar chuva de verão.

Relâmpagos quase fazem a noite virar dia,

No escuro, num silêncio que não quer terminar.

Sinto falta das cores, da alegria,

Das estrelas e da lua a brilhar.

A chuva não apaga o fogo nem a inspiração,

Ainda temos algumas velas para queimar.

Infinitas noites de solidão,

E a eternidade para sonhar.

Daniel M Moreira
Enviado por Daniel M Moreira em 19/12/2009
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