Liberte-se

Às vezes, é preciso ir além das aparências,

Para se descobrir a essência,

A sutileza,

A pureza,

A verdadeira beleza!

O momento atual é inegavelmente conturbado.

Impossível, em algum momento, não se sentir abalado,

Desorientado,

Até um pouco revoltado...

Essa contrariedade traz consequências,

Que se manifestam,

Que se materializam,

De acordo com o nível de consciência.

Uns dramatizam...!

Outros somatizam,

Dependendo do impacto interno,

Sobre o percalço externo.

Cada um reage de um jeito.

Alguns até desabam no leito,

Completamente arrasados,

Destroçados.

Há ainda os que cansados da luta

Abusam da fuga,

Estragam-se,

Enfeiam-se,

Tentando chamar atenção,

Para a particular situação;

Para a desorientadora frustração,

Que os aterroriza o coração.

Outros desenvolvem, quase sem querer,

Sem, realmente pretender,

Uma insuportável carência,

Que margeia a demência.

Submetem-se à pior das prisões.

Entregam-se,

Escravizam-se

Às piores, às mais baixas emoções.

Tornam-se absurdamente,

Intoleravelmente,

Dependentes dos parceiros.

Fazem deles seus particulares cativeiros.

Inviabilizando qualquer tipo de relacionamento.

Tornando a vida a dois, um tormento.

Culpam o universo por seus infortúnios,

Sem reconhecerem os seus evidentes distúrbios.

O que todos os casos têm em comum,

É que não se conhecem de jeito algum...

Buscam fora, a resposta que está dentro.

Nunca tiveram coragem,

De fazer a imprescindível viagem,

Ao seu núcleo, ao seu próprio centro.

A única salvação, a única solução,

Para qualquer tipo de aflição,

Está no sincero desenvolvimento,

Do milagroso Autoconhecimento!

O resto é paliativo,

Que pode até ser destrutivo.

A viagem ao interior

Reacende qualquer ardor.

Não tem contra-indicação.

É a chave para todo tipo de prisão...

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 12/12/2009
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