Chuva de mim
Chuva que cai inclemente,
Que jorra sem cessar...
Tristeza aparente,
Aspecto úmido no ar...
Combina sentimentos,
Angústias e também limpeza...
De alma e tempo.
Duas chuvas que se mesclam,
Tornando a vida sem igual.
Uma chuva lá fora mansa
E outra insana no peito a gritar.
Confundem-se, tocam-se sem parar...
Vida e Tempo em uníssono...
Fazem tudo mais real.
Profusão que na chuva se esconde,
Sensações a reverberar...
Ecoam nos pingos que caem,
Gotículas de lágrimas a chorar
Cantam, dançam nos olhos, no rosto a molhar.
Chuva e choro em derrubada,
Limpando céu e da vida alma
Que no peito e nas nuvens não querem se calar.
Rosimeire de Sousa - 10/12/09