Insisto

Minha vida está parecendo o brasileirão:

Tudo embolado...

Como no campeonato,

Os dados embaralharam-se

Misturaram-se,

Já não sei mais qual vai vingar,

Aonde tudo isso vai dar...

Nem palpite, eu arrisco.

No meu sonho de Bahia, eu insisto.

Continuo querendo, para lá, ir-me embora,

Sem demora...

Mas confesso que as coisas se complicaram,

Para não variar, todos os meus planos, furaram.

Estou agarrado à esperança,

Para equilibrar, um pouco, essa balança.

Já sei que, como sempre, não será como o imaginado,

Milimetricamente projetado.

Entretanto, ainda acredito que é o que precisa ser.

Vai ter que acontecer.

Aqui, como está, não dá para ficar.

Recuso-me a nessa toadinha continuar.

Quero espaço

Para ampliar meu abraço.

Exijo o direito de recomeçar,

Quero zerar.

Trago comigo as melhores intenções,

Oitavei minhas sensações.

Preciso de oportunidade

Para desdobrar minhas possibilidades;

A intensidade

Da criatividade!

Nessa cidade estou encolhido,

Com o entusiasmo tolhido.

É constrangedor o que tenho sofrido.

É gigantesco o que tenho percebido...

Aprendi demais mesmo.

Já paguei por todos os erros.

Está na hora de voar

E o mar aberto encontrar.

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 30/11/2009
Código do texto: T1952009