Dar as Mãos

Tocar a mão de alguém,

É de uma grandiosidade,

Tem um simbolismo tão eloquente,

É um gesto tão quente...

Uma discreta intimidade

E vai além...

É com a mão que se toca o mundo.

Isso tem um significado profundo.

Determina o tipo de relação que vai se desenvolver,

Com o que foi tocado.

Um toque sincero deve promover

Uma boa resposta, um bom resultado.

Através da mão circula a energia.

Porta de entrada e saída.

Instrumento a serviço da percepção,

Da ação,

Da comunicação,

Da emoção.

A mão faz carinho.

Ergue ninho.

Aguenta,

Alimenta,

Limpa, carrega, segura, aquece, salva...

Registra a história em sua palma.

Portanto, quando se toca, de alguém, a mão

É preciso prestar muita atenção:

Entra-se em contato com a identidade,

Não é uma mera formalidade.

É mais que uma apresentação,

É uma introdução

A um universo particular.

É mais do que entrar em um lar.

Todos os códigos ali estão:

Na temperatura

Na textura,

No tamanho, nas linhas, na pegada.

A personalidade está ali manifestada.

E o melhor: a mão não mente.

Ela irradia exatamente o que se sente.

Tocar a mão de alguém é tocar sua história,

Toda sua memória.

Um gesto rico e delicado,

Que merece ser explorado,

Minuciosamente estudado

E, profundamente, respeitado.

Dar as mãos

É um golpe fatal na solidão.

Não tem contraindicação.

É uma indescritível satisfação,

Comove a imensidão,

É a salvação!

Toque o mundo com delicadeza,

Ele retornará em gentilezas!

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 24/11/2009
Reeditado em 25/11/2009
Código do texto: T1941201