Me deixa
pra quê complicar?
Por que me magoar?
Será que sou tão estranha à você?
Não tente entender
Apenas me deixe ser
Me deixe viver
Não sou como você
Convivo com tanta gente
Com tanto ser diferente
E você, de repente
Se surpreende
Não compreende
Nos prende
E em meio as correntes
Tanto sofro
Que me recolho
E você nem percebe
Que aos poucos me perde
Que aos poucos se esquece
Que eu existo
Que sou um ser vivo
Sozinho e aflito
Cheio de conflito
E enquanto me recupero
A ti espero
Cheio de anseios
Pra em teus seios
Me recolher
Me acolher
E então perceber
Que queres me receber
De braços abertos
Do jeito que Sou