Azul!!
Em azul!
Estou mergulhando em profundo azul.
Aquele, típico do pós-tempestade,
Colo de toda a tranquilidade.
Por estar me acalmando,
Esse filamento vem despontando,
Retomando seu espaço.
Envolvendo-me em seus encantados braços,
Elevando meus pensamentos,
Enlevando os sentimentos.
É uma espécie de paz vitoriosa,
Com um quê de honrosa.
Uma paz com gosto de conquista,
Uma belíssima vista...
Chegou transmutando o ar,
Com sua presença espetacular.
Nada perguntou,
Apenas aceitou
Esse azul,
Inimaginável azul,
Permeando a tudo.
Vivificando meu mundo.
Erguendo-me a cabeça,
Devolvendo-me à delicadeza.
Veio em meu auxílio,
Para exterminar o suplício,
Deixado pela tristeza,
Que escapuliu da represa.
Veio em forma de serenidade.
Pedi-lhe que cobrisse toda a cidade,
Com sua impressionante beleza,
E inestimável leveza.
Varreu toda a casa,
Tirou o pó das asas.
Retirou-me as queixas,
Modificou todas as deixas...
Nesse azul,
Inestimável azul:
Volto à pureza da esperança,
Pelos trilhos da temperança.
Deposito minha vida,
Ornamento a subida.
Abro bem os braços,
Para o infinito espaço.
Recupero os laços,
Reforço os traços.
Abandono toda a rebelião,
Em favor da próxima revolução.
O tempo perde a relevância,
O que conta é a constância.
É a frequência,
Da consciência.
É o carinho,
Indiscriminadamente espalhado pelo caminho.