Palavras Claras

Embora minha vida seja mais enrolada que carretel...,

Em minha tela, o pincel

Prefere as linhas retas, diretas, que apontam para o céu.

Nunca fui adepto da embolação.

Detesto verborragia.

Abomino cinismo e hipocrisia.

Acho que tem que ser respeitado

O tempo de cada cidadão.

Ninguém merece ser embromado.

É coisa de político a enganação!

Tocam-me mais as palavras claras,

Ainda que queimem como lava.

Meu espírito foi devorado pelo veneno da mentira.

A “autêntica verdade” independe de ponto de vista.

Ninguém é obrigado a gostar de algo.

A maioria ainda teme o alto,

Aquele inestimável sobressalto

Anterior ao salto.

Sendo assim,

Qualquer meia verdade,

Ou inverdade

Para mim,

É o fim!

Fico furioso,

Quando abusam do meu tempo precioso.

Não vejo a vantagem

De se falsificar a personalidade.

Parece-me absurda essa viagem,

Que não conduz à tranquilidade.

Mesmo diante da maior adversidade,

Ainda assim, deve-se levantar a bandeira da sinceridade,

O mais alto possível, no mastro da consciência,

Em respeito à existência.

Somos o que no momento, estamos!

Quanto a isso não, pode haver engano.

Resta-nos aprender a trabalhar

Com a nossa atual realidade.

Não adianta mascarar,

Muito menos se conformar,

Com a vigente mediocridade.

O jeito é pôr as cartas na mesa,

Abrir as comportas da represa,

Para termos uma visão mais precisa,

Do estágio em que se encontra a vida.

Aí sim, decidir, como prosseguir

E, para onde ir!

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 30/08/2009
Reeditado em 28/10/2009
Código do texto: T1782479