Dificuldade

É difícil para mim, conviver com a frieza.

Muito mais ainda, com a aspereza.

Tenho problemas sérios com a “esperteza”

E, piores ainda, com as absolutas certezas,

De quem não olha pra cima

E olha torto para os adeptos da rima.

Não entendo quem conta um segredo pela metade.

Quem tem coragem de dizer que não arde...

Nunca ardeu.

Não conhece o ardor.

Nunca sofreu,

Nem se incomodou com a falta de calor.

Afasto-me de quem não confia no amigo,

Não valoriza o abrigo,

Não consegue se entregar,

Por medo de apanhar.

Não se emociona com a suave melodia

Que, espontaneamente, renasce a cada dia.

Afligem-me os que, pela matéria, foram escravizados.

Os que por dinheiro vivem obcecados,

Que vendem a alma por uns trocados.

Os que lesam o irmão,

Para darem vazão,

À sua absurda, desumana e insana ambição.

Corrói-me a cegueira vigente,

A manipulação abusiva da mente,

O culto à mentira,

Impedindo, interferindo na subida;

A violência que campeia,

Através da agressividade que serpenteia.

Sou da paz.

Sou de paz.

Sou pela paz.

Sou para a paz.

Sou veículo da paz.

Só sou... em paz!

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 17/08/2009
Código do texto: T1758205