Entre a Pena e o Papel: Eu
Entre a pena e o papel
Há uma alma que sofre
Que espreme sua vida
Em linhas frágeis e deletáveis
Nestes traços chamados letras
Aprisiono um pedaço de mim
E esse pedaço do meu eu
Viverá um pouco mais
Do que quem as escreveu.
Talvez nem isso aconteça
E as tíbias letras
Em pouco desapareça
Assim como a mão
Que as concebeu.
Mas se for merecedora
De eternizar algo meu
Ao cair a cortina
Deixo duas sentenças:
Amou e viveu!
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