Incerto
Por tudo o que eu sinto e por tudo o que eu digo
É amor, apenas amor, e não quero nada mais que isso.
Não preciso que baste ou que seja real
Verdade e pureza são bens vãos.
Não me peça as respostas
Os versos simples são minha arma e meu escudo
A ferida aberta a ferro que todo dia lavo de brasas
Na esperança de que o fogo consuma minhas memórias.
Prefiro a dor constante à presença insana da cicatriz,
Os meus tormentos inexoráveis ao tempo.
Posso morrer mil vezes
Mas se a alma é imortal estou condenada,
Não tenho escolha...
Mantenho a chaga aberta e acalento a dor
Pois não posso fugir de mim.
Não me faça perguntas
Não há lógica em existir.