A busca
Trago o coração exposto
e os olhos
perdidos na escuridão .
A mão direita
espreita a chegada
de um mundo mais justo ,
e a esquerda
se levanta cerrada,
numa advertência.
Inquieta ,
sinto a vida que passa.
Quero interferir ,
participar,
colocar-me,
e poucos há ,
que me queiram ouvir.
Vejo o tempo,
sinto o espaço
a ansiedade,
bocas cerradas,
olhos atentos,
facas no chão.
Não tenho pressa.
Sempre há tempo para se encontrar ,
de novo se achar
e eu ,
continuo me procurando.
Delurdes Moraes