À Solidão

Costumava ser tudo normal

E minha vida ia muito bem;

Mas não sei se o destino é proposital

A ponto de mudar a certeza de alguém.

Família e amigos em um só lugar

Isso era mais do que eu queria;

Mas o destino veio me contar

Uma coisa que, de longe, já temia.

Deixei minha cidade e fui morar

Num lugar egocêntrico e diferente;

Uma nova vida, um novo ar,

Ele (destino) não quis ser complacente.

Desolado e jovem aos dezoito

Alguém veio e segurou minha mão;

Confesso, seu espírito era afoito.

“- Prazer, me chamo Solidão”.

Conversa vai, conversa vem

Ela, surpresa, indagou:

“- Nunca falei isso para ninguém”

A Solidão a mim se entregou.

Foram muitos anos de companhia

E, por vezes, até me senti mal;

Nunca pensei que um dia diria

A Solidão já não é tão legal.

Heitor S
Enviado por Heitor S em 09/03/2009
Reeditado em 25/08/2009
Código do texto: T1477144
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.