A seiva da vontade

O gosto do provar me destrói

Faz de mim um escravo

Procurador do novo

Nem sempre menos idade deslumbra

Dessa forma corro com medo

E até desencanto com o talvez.

Fluir na imensidão

Sociabiliza a fartura da ganância

Destrói a pobre infância

E depois te manda embora

Chegou sua hora

Vai que sua vez já era.

Pouco posso fazer

Pouco posso pensar

Posso até ser um pedinte

Um pidão de milagres

Na desordem que me fez

E agora quero ser o bom da vez

Será justa esta degenerada aflição?

Vou crescer no possível

Fazer valer meu limite

Suar sem perder a dignidade

Feliz verdade, agora sou

Doente do ontem, não sou mais

Lograrei no amor sem cessar

Fazer o bem e amar

Assim vivo melhor

Ponderando a saliva do olhar.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 09/03/2009
Código do texto: T1477055
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