A seiva da vontade
O gosto do provar me destrói
Faz de mim um escravo
Procurador do novo
Nem sempre menos idade deslumbra
Dessa forma corro com medo
E até desencanto com o talvez.
Fluir na imensidão
Sociabiliza a fartura da ganância
Destrói a pobre infância
E depois te manda embora
Chegou sua hora
Vai que sua vez já era.
Pouco posso fazer
Pouco posso pensar
Posso até ser um pedinte
Um pidão de milagres
Na desordem que me fez
E agora quero ser o bom da vez
Será justa esta degenerada aflição?
Vou crescer no possível
Fazer valer meu limite
Suar sem perder a dignidade
Feliz verdade, agora sou
Doente do ontem, não sou mais
Lograrei no amor sem cessar
Fazer o bem e amar
Assim vivo melhor
Ponderando a saliva do olhar.