A Força que Desconheço

A força que desconheço
Nem penso em nomear
Ou comparar 

Trepida na escuridão
interna
Corteja o infame com a doçura do abençoado
Arregala os dentes para a solidão
Irradia vida sob a sofreguidão da dor

A força que desconheço brota da coragem
Da sensibilidade,
Da genética feminina.
Formada por um algo além
Além da racionalidade
Além da intuição
Além até de si mesma
É formada da ilusão certeira da alma
Da fé no amor.

A força que desconheço
Não ouso questionar.
Foi-me uma dádiva
Uma dívida que aprendi a conviver,
A querer
E apreciar os minutos em que foi a única solução
Para meus tremores inválidos da paixão.

A força que desconheço
É minha
Sou eu
A força que desconheço 
É a minha ávida esperança fêmea
No bem-querer humano.
Karla Hack dos Santos
Enviado por Karla Hack dos Santos em 07/03/2009
Reeditado em 11/03/2009
Código do texto: T1474051
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