Minha sereia
Eu mudei e mudei demais
Até eu já estou me achando esquisito
Estou fazendo coisas que ninguém faz
Já não veja diferença entre um elefante e um mosquito.
Acho que é culpa da modernidade
E da luta para sobreviver
Nas esquisitices dessa cidade
Eu não sei mais o que sou e o que vou ser.
Eu que já fui um bem certinho
Estou agindo como um anormal
Alguém tem que me mostrar o caminho
Antes que eu atole num lamaçal.
É assim que eu estou vivendo
Sem fazer das coisas distinção
Mas sei o que estou querendo
Pois está gravado em meu coração.
Que alguém venha logo depurar
O sangue envenenado que corre em minha veia
Para que eu possa de novo levar
Uma vida normal ao lado de minha sereia.