Não aos pensamentos

Não quero pensar

E ter que analisar

Os prós e os contras

As verdades e inverdades.

Não quero sorver

Essa tal realidade

Que ofusca a fantasia

Maltrata a poesia.

Não posso traduzir meu pensamento

E esvaziar as interrogações nele contidas.

Quero dilatar meus conceitos

O certo e o errado

Não os quero como extremo.

E se ele insiste ,

Acorrento-o.

Quero a anestesia do momento

Porque viver é preciso

E de forma bizarra,

Existo .

E de maneira abissal,

Transgrido.

O meu pensamento

O quero adormecido

Em pausas

Sonolento

Para que não ouse

Atrapalhar minha efêmera felicidade.

FMota 14/01/09

FATIMA MOTA
Enviado por FATIMA MOTA em 15/01/2009
Código do texto: T1385322
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