Não aos pensamentos
Não quero pensar
E ter que analisar
Os prós e os contras
As verdades e inverdades.
Não quero sorver
Essa tal realidade
Que ofusca a fantasia
Maltrata a poesia.
Não posso traduzir meu pensamento
E esvaziar as interrogações nele contidas.
Quero dilatar meus conceitos
O certo e o errado
Não os quero como extremo.
E se ele insiste ,
Acorrento-o.
Quero a anestesia do momento
Porque viver é preciso
E de forma bizarra,
Existo .
E de maneira abissal,
Transgrido.
O meu pensamento
O quero adormecido
Em pausas
Sonolento
Para que não ouse
Atrapalhar minha efêmera felicidade.
FMota 14/01/09