ABRINDO OS PORTÕES DO JARDIM
Deitando minhas mãos, à terra, enquanto
tu vais limpando o suor de meu rosto,
vou desimpedindo o solo, retirando todas
as ervas daninhas, que ameacem
colonizar, as belas flores, que, num esforço
solene, tentam alcançar, o azul do céu.
No fundo, um jardim, bem cuidado, diz
muito, de quem dele cuida, pois,
se viça a erva má, fenece, todo
o nosso trabalho.
Assim, e, ao que és, levando-te
em apreço, aos outros, deves mostrar,
somente, o melhor de ti, abrindo
as portas de teu jardim, mostrando
apenas, o que de melhor, há nele.
E num canto, só a nós visível, então, aí,
deixemos crescer, a erva silvestre,
em plena liberdade, porque essa é
a sua natureza, e, espaço, lhe cabe, por
direito.
Nada estás pois a olvidar, ou, aos
demais, engano levas contigo, que, o
bonito, é para se mostrar, publicamente
(e és tu), tudo o mais, fica com
cada um de nós, em sua privacidade.
Jorge Humberto
08/01/09