Raiar da manhã

A dúvida que se coloca no instrumento da vida

Condiz com a flauta dos sons macios

Na audição inaudível não se pode definir

Não se podem reunir sementes

Para que se plantem novos sonhos

E os mesmos se tornem frutos

Frutos da imaginação e mais tarde realidade.

Através dessa musica destorcida

Coloca-se em preto e branco

A estrada que percorre dois mundos

O da situação sentimentalista

E outro de pura ignorância do destino

Assim se cruzam duas diagonais

Duas florestas na imensidão

Sempre a procura do ideal.

As flores que apalpam minha mão

Deixa o néctar da verdade

Numa luz severa da sensação

E outra indagação do momento

Dois seres diferentes a procura do vento

Na dimensão da sede insaciável

Sem ter água para diminuir a reação

Apenas suor dos poros a sair

E as estrelas do céu a sorrir.

São tantos os instantes de significado

No olhar do por do sol

Sempre fica uma resta no foco

O dilema da alma a esconder-se do destino

Hora de ir embora e fazer o céu virar menino

Com sua matinal essência de transformação

Pingos de seiva brotam da natureza

Águas a subir do suor da terra

E a frieza da manhã, dá lugar ao morno do raiar

Todos juntos na harmonia do lugar.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 30/12/2008
Código do texto: T1359505
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.