Imensidão do imaginário
A face que diluiu minha dúvida
Desfez a ilusão e deu lugar a uma canção.
No espaço do teu luar
Corro para não ver as trovoadas
Dos momentos que ficaram para trás
No recanto do olhar
Estremecendo os calafrios
Sofridos pelo corpo suado
Após acelerar as passadas
Que o trajeto impôs.
Dissipa-se a lágrima
Como areia no deserto
Engolindo meros pingos de água
Ao cair das nuvens
Se desfazendo rapidamente
Pela escassez do lugar.
Surra de ânsia
Na pequena espera do tempo
Que ofega a sustentação da cabeça
No orvalho da emoção aguada.
Faminto de sentimento
Não devoro qualquer alimento
Minha dieta foi selecionada
Conduzida por mão leve
No tocante do sabor
Estreito a garganta
Para descer bem devagar,
Pois não sei
Quando outra vez
Poderei degustar a comida especial
Saciado a percorrer na imensidão do imaginário.