Saúde publica
A vergonha nacional
Reflete no pobre e desprevenido
A urgência por melhoras
Pago para ter direito
Mas o direito vai embora
E fico aqui ou então ali
Tratado como um marginal.
Ah! Já sei
A única coisa que devo fazer
É não mais adoecer
E viver uma longa vida
Nesta estrada corrida
Que do suor
É difícil vencer.
Se eu vou à escola
Sou impostado na passagem
Se eu compro biscoito
Uma quantia é retirada
Se eu fico em casa
A luz diz ser parte da mesada
E a saúde dá adeus.
Não mereço esse destrato
Sou humano, sou igual
Para meu entender, é claro!
Para o perceber do feitor
Sou um pobre coitado
Que merece ser pisoteado
Por ter nascido açoitado.