Teimosia
Cabeça teimosa e devagar
Encontro o vento
E sinto na brisa
O cheiro da vontade
Apego-me sem ver
E elevo-me na saudade
Paralelo constante.
Todo ar vira vendo
E a fragrância é invisível
Que lapida o sentir
Faz meu ego ressurgir
Além do meu alcance
Vida efêmera
Ou doce chamego do antes.
Sensação que não aparece
Fico e venço o cansaço
No braço a dor do peso
Carregado com muito pensar
Simples seria apenas soltar
Virar e ir embora de vez
Simples demais para minha teimosia.
Vou rodar no sentido da terra
Para ver se em algum lugar
Posso te encontrar
Não vou dizer quem sou eu
Apenas deixar o espírito me guiar
Para além dos instintos
No rumo da vitória.