Fuga do destino
Meu corpo é saudade
Entrega vida e felicidade
Nas mãos do abandono
Seiva do abraço
No almejo esticado
São breves os lamentos
E justos no acompanhamento.
Espero quieto
Aqui latejante
Faço meu lual
No terreno sem espaço
Se passo, não olho
Espero o declive
Cair ao meu encontro.
Ferir a estimativa
Não tem necessidade
Esquece a praticidade
Em determinação salutar
Para em breve acatar
O anel que ficou solto
Na extremidade do tempo.
Derramo meu coração
Espero chegar o próximo verão
E aguardo a sentir
Tentando ouvir
Aplaudindo o som parado
Questionado pela minha impaciência
Vida minha, esperança quase zero.