Faço minha hora
É hora de pensar
Imaginar o que pode
E o que não pode
Descobrir o que está por vir
Sonhar o que devemos seguir
Viver o que podemos sem sonegar.
E assim somos nós
Erguidos pela força
Caídos pelo abraço longe
Na longevidade da atração
Leves como uma folha
Secando por dentro
Acabando o desfecho.
O estalo do dedo
No reflexo da imaginação
Amparo do agora
Sentimento de outrora
No fleche do coração
Duas bolhas ao vento
Empurrados para longe
Sem destino a seguir.
Aqui vivo sonhando
Sentindo o passado
Na dúvida do futuro
Sofro a emergir
O que foi na mente apagada
Apanhada pelo sonar
Indigesto momento
Freqüenta sempre que pode
E recomeça o pensar.