Flor do coração
As caminhadas discretas no patamar do intimo
Descreve a passarela do momento singular
Estranha vida no seio da solidão
Carrega a força de exercer amor ou paixão
Nessa florada de espinhos
Só vale conviver no caminho reto
A sandice do orvalho descreve o calor
E meu suor derrama na extremidade.
Ó saudade! Bem que tu disseste
Cuidado com a flor
Ela pode ser uma escassez do amor
E a melancolia da dor
De vez enquanto falo com o céu
E regozijo os lamentos da simplicidade
Nessa selva de inverdade
Flora quem tem raiz forte.
A força é a paz
Fraqueja quem se afasta da tranqüilidade
No contexto de sobriedade
Sentir e ouvir
Numa dose coerente
Desperta a sede
Camuflado nos eventos
Da realidade presente.
Os talos mais curtos
Desafogam os pesos
Geram as pétalas arqueadas
Na emoção verdadeira
Procurando o encontro
Fazendo o verbo no soar
As batidas que apontam
São fogos ditando a regra no coração.