Será verdade?
No mundo da ilusão
Vale tudo a toda hora,
Caminhar sem querer
Sonhar sem dormir
Comer sem consumir
Com a tutela de garimpar
O nobre coração.
Enquanto nadamos
Nas águas rasas
Tudo é pureza
Tudo vem da mãe natureza,
Por outro lado,
Quando falta o ar
O corpo fica desorientado.
A verdade confeccionada
A saudade dilatada
Faz cratera em pedra dura
Faz do sal
Um tijolo de rapadura
No recanto da necessidade
Quem dera ter se afogado
Para não sentir a dor do mundo.
Ilusão verdadeira
Ou pura brincadeira?
O olhar me aplaudiu
O sorriso me seduziu
E a vontade logo mais
Transformou barreira
Em silencio feroz.