DESENCANTO
Eu faço versos como quem chora
De desalento...de desencanto...
Fecha meu livro se por agora
Não tens motivo algum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa...remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota à gota, do coração.
E nesses versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre
Deixando um acre sabor na boca.
Eu faço versos como quem morre.
Manuel Bandeira
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ENCANTO
Morro um pouco a cada verso,
por isso não os faço mais...
não quero ir-me embora agora
e não vou querer jamais...
Em versos pobres me acabo
pra ver se mato de vez
esta poeta maldita
em rimas pobres contida,
sepultando em si o tormento
d'alma que rasga ardida
na busca do que não deve
pra de novo ver crescer
a menina sorridente,
moleca, sapeca e valente!
Celebrando a vida em sons
travessuras e certezas
inerentes a esperteza
da criança serelepe
que voava em sonhos,
magias, fazendo da Vida...
Verdades em ETERNA fantasia
de pura Esperança-Alegria!
MarCela Torres
Music by Chayanne
Oye mar Canção do Mar
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