Não pedi
Não pedi nada
Nem tentei encontrar
Durante uma revoada
O ar soprou em meu olhar
E me jogou no seu céu
Fez-me dialogar com suas nuvens
E a chuva que me saciou
Agora me deixa numa seca
A castigar minha plantação.
Preciso desse liquido sagrado
Necessito de um suave sonhar
Para que logo ali
Nas dimensões longínquas
Ainda possa sentir seu véu
Exalando o seu perfume
No vento que me vem
A caprichar a brisa.
A briga com meu eu
A discussão com meu ego
Facilitaria se não houvesse dor
Ergo a paz
Que habitou meu amor
E tem feito raiz
Na minha semente sagrada.
Conquistei cada espaço
Embrulhei cada laço
Para viver para sempre
O sempre desistiu de mim
Quebrei esse laço
Ao sentir uma outra brisa.