Não pedi

Não pedi nada

Nem tentei encontrar

Durante uma revoada

O ar soprou em meu olhar

E me jogou no seu céu

Fez-me dialogar com suas nuvens

E a chuva que me saciou

Agora me deixa numa seca

A castigar minha plantação.

Preciso desse liquido sagrado

Necessito de um suave sonhar

Para que logo ali

Nas dimensões longínquas

Ainda possa sentir seu véu

Exalando o seu perfume

No vento que me vem

A caprichar a brisa.

A briga com meu eu

A discussão com meu ego

Facilitaria se não houvesse dor

Ergo a paz

Que habitou meu amor

E tem feito raiz

Na minha semente sagrada.

Conquistei cada espaço

Embrulhei cada laço

Para viver para sempre

O sempre desistiu de mim

Quebrei esse laço

Ao sentir uma outra brisa.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 18/10/2008
Código do texto: T1235047
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