Filho da poesia
A poesia é minha companheira
De beira de cama
Na hora do amanhecer
No anoitecer
Ouvindo rádio
Ou episódios da TV
Não importa o lugar
Onde este ser possa estar
Vivo nas palavras que emocionam
Sobrevivo no entrelaçar
Das letras que cultivam a sensibilidade
A solenidade de meu sonhar
Relatar o meu gosto
Às vezes o desgosto
Faz-me sentir o gosto
Das entrelinhas da necessidade
Do intermédio da idade
E algo mais que meu entendimento
Não sufoque meu crescimento.
Diante a minha matéria imbatível
Percebo o homem fraco
Capaz de amar sem notar
Capaz de brotar sem florar
Mas incapaz de esquecer
Sem viver.
É a hora de elaborar
É à hora de encarar a realidade
Meu dia parece longo
Parece pequeno
Um imenso cordel de letras
Quando no auge de mim
No auge do outro
Socorro minha aflição
No braço da paixão.