Uma pausa de mil compassos
A poesia , manto de ilusões e alívios nas nuances de instantes
que o tempo sem espaço
já não comporta.
E nos passos da ilusão se veste com os retalhos de magoas
sobre as cinzas de sonhos .
Banhada em dor se inunda em silêncio e parte, na pausa de
um amargo infinito.
Vaidades pelo chão em nuvens que os passos escurecem
Envoltos em ciclos tortos e duros da ilusão que derrama
Fados de desgostos
no coração que em soluço
Sonha uma primavera doce e calma, mas, no virar desse sonho à
Fantasia passa e o esqueleto da dor
É tortura que não deixa a alma.