SOBRE O CERTO E O ERRADO

Se tivesse de dar hoje uma definição sobre o certo e o errado, diria que não os defino, não posso dizer sim e nem não

Tenho visões sobre tudo o que é certo e errado mas não sou de tomar uma decisão equivalente para classificar-lhes

Por que não há algo concreto que defina o que é ou o que não é certo, se houvesse inocentes não iam para cadeira da morte

Se não posso confiar em definição pronta não há certo e errado até que eu mesmo vá e comprove com os meus olhos

Que o certo a se fazer numa situação errada é admitir o erro e reconstruir o agora com a reflexão sobre o próprio erro

E o errado é ter a pretensão de sempre estar certo sobre qualquer situação tornando eclíptico o conhecimento e o método

Mas responder-me a estas questões levou a querer saber se minhas próprias respostas sobre as perguntas estavam corretas

Procurei então olhar no fundo de mim, atrás daquele que se esconde de mim que se manifesta somente quando erro

Lá distante em uma parte que eu não conheço permitiu que perguntasse sobre o que é o certo e errado...

Esta parte do meu ser mergulhando em mim diz-me que não existe, tudo se tornou questões de visões que divergem

Uma da outra, como a matéria que se mistura para formar um corpo qualquer no espaço, igual as nuvens e os relâmpagos no céu.

Disse-me que um dia houve o real conhecimento dessa questão mas foi perdido quando o primeiro mortal contestou

Não por causa da duvida em si mas por que ele não foi até o fim para saber a resposta, abrindo para todo sempre o espaço da duvida

O que gerou desde então as certezas andrógenas que permeiam a mente dos filósofos que se opõem a ver tal origem

Quem chega à verdade acaba ficando louco, já que será único no mundo a saber sobre tal fundamento universal.

Sendo louco uma vez nunca mais voltará ao “normal” pois não pode negar a mesma verdade que não é revelada e sim “se revela”

Este olhará que o errado e o certo então não farão mais sentido, e que um leque de novas oportunidades se abrirá a cada situação

O mundo ficará em ritmo e consonância disformes, sem sentido e perdido, quando olhares pra todos então dirás

Ninguém neste mundo merece julgar...

Diego Duarte
Enviado por Diego Duarte em 21/07/2008
Reeditado em 25/02/2013
Código do texto: T1090251
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.