Senzala



Escutei hoje os versos
Do poeta negro sobre senzalas
Da magoa guardada no peito
Dos tempos de vidas passadas
A dor ainda sentindo
Da chibata e do algoz
Todavia pedia perdão
Por este sentimento
Que grita com lamento
Pedindo esquecimento
Por ainda viver a escravidão
Eu meditei seu recado
Cantado em prosas e versos
E respondi ao poeta
A muito a escravidão acabou
O negro hoje é doutor
Sua raça não se acomodou
Foi à luta e se consagrou
Políticos e poetas
Músicos e cientista
São os negros de hoje
Assim como o branco e o amarelo
Sem esperar por favores.
Estudou e venceu
Não gosto de cotas para o negro
Nem de separação
Assim discrimina o branco
Capacidade não tem cor.
Acorda poeta magoado
Veja sua raça com valor
A muito a senzala fechou
Vá a luta seja doutor.
Tenho amigos de todas as raças
Sem me preocupar com a cor
Mostre ao mundo seu valor!