DO VENTO O AÇOITE
DO VENTO O AÇOITE
Recebo do vento o açoite,
Tal qual as palhas do coqueiro,
Deslumbro o céu a noite,
Olhando as luzes do cruzeiro.
Ouço das folhas o farfalhar,
Em um constante vai e vem,
Como as ondas da maré a quebrar,
Vejo marolas brancas também.
Deslumbrante céu celeste,
Engrinaldado de estrelas,
De norte a sul, leste a oeste,
Pintado de aquarelas.
Em céu azul de brigadeiro,
Belas estrelas a cintilar,
Contemplo o tempo inteiro,
O encanto da lua a ofuscar.
No alto reluz nuvens brancas,
Ao intenso brilho das estrelas,
Com beleza das mais francas,
Que diviso das janelas.
Fortaleza, 14/06/2020.