vento

O dorso

do vento

É pouso

Endosso

De onde se vai

Repouso

do seu próprio ato

Alvoroço

da noite

que está

no dia

O cerne

do vento

É a verve

De quem se trai

E abastece

no rápido fato

Amanhece-se

Sem traço

Nem paz

O centro

do vento

É revolto

Encosto

de quem se atrai

Desgostoso

do próprio hábito

Vigoroso

No seu velho

No seu novo

O corpo

do vento

É vaporoso

Escopo

do que se esvai

Lacrimoso

No seu próprio sal

Temeroso

Do que já arde

Ou se apaga

O verso

do vento

É o desejo

Sem pejo

Cortejo

Do que se desfaz

Arpejo

Da sua própria lira

Desprezo

Do que amortece

E em ti para.